Longo Inverno

Não sair de casa está a revelar ser uma tarefa fácil com o tempo que está lá fora. Mas alguém que mate a mosquitada* desta cidade que todas as noites decide organizar um colóquio no meu quarto. Sou presenteada com sucessivas noites de mau sono, culminando na de ontem em que acabei por sonhar com uma versão ainda mais surreal do célebre episódio da mosca. No sonho acabei por morder a mosca acidentalmente, o que foi um kick suficiente para me acordar e descobrir que um mosquito andava a voar perto da minha cara como seria de esperar.

Notas sobre os desafios a que me propus no início de 2021:

  • Unhas, em crescimento, défice a reduzir, com perspectivas de estabilidade a partir do segundo trimestre.

  • O jornal não tem sido lido em formato físico com a mesma frequência, no entanto é lido em formato digital quase diariamente. As palavras cruzadas são completadas à meia-noite quando saem online. E esta descoberta?

  • A proibição na compra de livros está bem encaminhada, zero livros comprados em 2021. Devo dizer que tanto as possíveis taxas alfandegárias devido ao Brexit como o governo português ajudaram mas que estou com vontade ler Camilo Castelo Branco e sei que o alfarrabista tem em stock o livro que eu quero.

  • Os últimos três pontos da lista, ainda em espera.

Coisas pequenas que me têm dado estabilidade e conforto:

* Mosquitada? Mosquitagem? A segunda soa melhor. Não resisti ao devaneio linguístico.